quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Expedição Patagonia Parte 15 - Final

Hora do "deixaeumeacharimportante..."

-É pra escrever o que mesmo?
-Mauricio
-Assim?
-Assim mesmo, só tira o acento. 
Ah e faça as letras em tamanho maior e em caixa alta, para o dia que
ele passar por aqui conseguir ver de longe.
---  Passei, vi e gostei, parabéns aos envolvidos pela singela homenagem  ---





 A noite conversei no camping com um pessoal da capital, que estavam sondando a área a procura de um antigo cemitério Judio pra ser utilizado com cenário de um filme.
Peguei as informações básicas e noutro dia encontrei um cidadão que me fez um mapa da estrada até o cemitério. Como o trajeto é pra mais de quinze km, logo imaginei que as quebradas no desenho seriam acessos a vias laterais. Mas não, são as curvas da estrada. Uma cópia fiel em planta baixa.
Nada de mais, só achei interessante que pra passar a informação foram necessários apenas poucos traços retos. Se fosse por aqui, com o terreno acidentado que temos, a brincadeira seria bem diferente e se fosse pra levar a sério e desenhar todas as curvas precisaria de bem mais papel.
Mas foi  meio que viagem perdida. O cemitério está abandonado.
O acesso está fechado, o murro é alto e o pouco que se consegue avistar do lado de dentro ainda está escondido pela vegetação alta. Realmente uma pena.







O novo cemitério Judeu.
O que chama a atenção é a ausência de flores ornamentando as lápides e as inscrições em Hebraico.











 Sempre ouvi falar que os cemitérios da Argentina  eram  meio excêntricos, então já que estávamos no clima, resolvemos conferir.
As dimensões das casinhas/capelas, impressionam. Das mais antigas as mais atuais, algumas contam até com espaço para um pequeno jardim.
 Mas o mais estranho é que os caixões ficam a mostra nos pequenos mausoléus. Segundo nos contou um trabalhador do cemitério, o corpo é colocado dentro de uma urna, depois lacrado e colocado no caixão. E este ao invés de ser enterrado, fica exposto nas prateleiras internas construidas nas laterais.
Cada povo com suas crenças, lendas, tradições, valores e costumes.



Para nós que não estamos acostumados, esta é a forma mais fácil de levar uma multa.



Quem acha o fusca feio, é porque ainda não esteve frente a frente com um citroen 2cv




 Ponte Justo José de Urquiza sobre o Rio Paraná






Camping as margens da represa da hidrelétrica de Salto Grande
Binacional   Argentina - Uruguai
Quando tem butiazeiros a dar com pau, é certo que terá butiá.



Você sabe que está chegando no Brasil quando a primeira recepção é feita por um buraco. Rsrsrs




Valores da Gasolina
Tomando por referência a nafta super e o seu valor em peso.
Em algum lugar da Patagonia estava $ 9,73 o litro, no posto em Paso de Los Libres, embora a foto não exponha de maneira bem visível, estava $ 13,10.
Em alguns casos paguei um pouco mais, por ser algum lugar muito afastado ou algum posto familiar.



Ovelhas nas pastagens do Rio Grande do Sul
O caminho para casa.
................................................................FIM










domingo, 27 de dezembro de 2015

Expedição Patagonia Parte 14



Campos de girrasóis



Trecho de asfalto em estado lástimavel.
Um verdadeiro achado, pois buracos dificilmente são encontrados nas rodovias da Argentina

















Ruínas da Villa de Epecuen
Uma pequena cidade construída as margens do Lago Epecuen. Este lago contem dez vezes mais sal do que o Oceano e por conta disso logo no início a cidade começou atrair milhares de pessoas, que vinham até aqui para relaxar nos seus balneários de água salgada.
Em uma época de seca, a vila foi crescendo cada vez mais para o interior do lago.
Anos se passaram e com o turismo em risco pela escassez de água, concluíram que o melhor a ser feito, seria interligar vários lagos que se encontram nas proximidades através de um canal controlado.
Todos os lagos se beneficiariam e em especial o lago epecuen que se encontra abaixo do nível do mar.
A ideia deu certo, e a vila voltou a explorar a atividade turística a todo vapor.
Mas... a estação da seca passou e as chuvas voltaram, e o lago começou tomar o seu espaço novamente. A solução a um curto prazo seria construir um dique  nas margens do lago pra proteger a cidade. E assim foram construindo uma barreira de contenção, e conforme as águas do lago iam subindo também ia aumentando a altura da barragem.
E 1985 a barragem já com mais de três metros de altura, não suportou a pressão da água e cedeu.
Em um curto espaço de tempo as pessoas tiveram que evacuar a vila, não tendo condições de retirar todos os seus pertences. A água inundou a vila, e lentamente no correr dos anos a cidade ficou quase que totalmente submersa.
Depois de quase 30 anos, as águas do lago começaram a recuar mostrando uma paisagem pós apocalíptica, num cenário de guerra. 
Hoje, Villa Epecuen é apenas uma cidade fantasma, uma imagem gravada de um momento trágico  

 Deram uma reforçadinha  na camioneta



 Camping em Carlos Casares



Mais uma foto pra coleção




 Interior da Província de Buenos Aires



A primeira imagem que me veio na mente foi com o poster cartaz do filme Na natureza selvagem