Agora sim, agora vai.
Estamos na segunda tentativa de cruzar a cordilheira em direção ao Chile, e ao que tudo indica sem empecilhos desta vez.
O sol brilhou cedo, o tempo limpo, com poucas nuvens, nos da a certeza de que teremos um ótimo dia pela frente.
paisagem próxima de Fiambala
Fiambala a ultima cidadezinha da Argentina.
Aqui, na entrada da cidade, fomos parados por uma barreira policial, com direito até a cachorro farejador.
Apenas perguntas de praxe e liberados.
Sorte deles, se colocam o cão pra farejar no carro e ele porventura mete o focinho e uma meia usada, minha, seria menos um "pero" na Argentina ,rsrsrs
Pelo abandono e pela distância deste cemitério da cidade, julga-se que as pessoas aqui enterradas morreram de uma doença meia que ruim.
Aqui começa a longa travessia
-- As informações da placa --
Cortaderas, simplismente designa um espaço geográfico dentro deste imenso vazio, ou seja somente areia e nada mais.
Deste ponto até La Gruta, onde fica a Aduana Argentina, o único vestígio de civilização é uma hosteria logo adiante, que nem tivemos certeza se estava funcionando.
O limite internacional marca o ponto onde a ruta 60, toda asfaltada, termina e começa as estrada chilena, a ruta 31 ,esta toda em de chão.
A ruta 31 tem seu revestimento feito de barro e pedregulho ( o rípio ) que na nossa região conhecemos por cascalho.
Em Maricunga, perdida no meio do nada, está tal qual a Aduanda Argentina a Aduana Chilena.
Então, entre Fiambala e Copiapo estes são os dois únicos lugares onde efetivamente encontraremos algumas pessoas, fora isso somente a estrada e por sorte alguns guanacos.
Pra se contabilizar os carros com os quais se cruza, usa-se a tática de contar nos dedos de uma mão e no final ainda ficam sobrando dedos
.No começo a estrada vai passando em meio as montanhas
Destino Chile
Nesta parte as chuvas também esculhambaram um pouco
Os únicos camelideos daqui que consigo diferenciar com um pouco de certeza é a lhama e a alpaca.
Mas neste caso, visto de longe, por mais que me esforce não consigo definir se são guanacos ou vicunhas.
Ruta 60
Ao longo da estrada, de trecho em trecho, existe estas pequenas casinhas, que servem de apoio ao viajante em caso de necessidade/emergência.
Seja para descanso, pane no carro ou pior, ser surpreendido por uma nevasca e ficar impossibilitado de seguir em frente e não ter onde ficar, principalmente a noite quando a temperatura cai ao extremo é um sério risco a ser enfrentado.
Altiplano Argentino
O segundo refúgio indo em direção ao Chile.
Se não me falha a memória são cinco ou seis, deste tipo, desde Fiambala até Maricunga.
Paso de San Francisco
Em locais onde a terra se mantém úmida, cresce um tipo único de vegetação chamado de bofedal que serve de alimento para as vicunhas e os guanacos.
Parada do meio-dia
Aqui vamos improvisar o nosso restaurante
Esta será a nossa casa fora de casa
No interior das cabanas, há lenha, fósforo e água e o chão é forrado com papelão.
Como forma de cordialidade, ao sair deixamos também mais fósforos e um masso de velas.
Há também uma sistema de comunicação com a Aduana pra ser utilizado em caso de emergência.
Placa com as instruções para manter contato com a polícia no controle fronteiriço
Embora esteja identificado, não foi possível fazer conexão com internet
Refúgio de cazadero grande
Em meio a cordilheira dos andes
Ruta 60
Paso de San Francisco
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